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Filha é Filha - resenha

Foto do escritor: Kelly RossiKelly Rossi

Título Original - A Daughter's a Daughter

Autora - Agatha Christie sob pseudônimo Mary Westmacott

Nacionalidade - Britânica

Tradução - Henrique Guerra

Editora - L&PM Pocket

Gênero - Drama

Páginas - 256

Ano - 2013

ISBN - 9788525421081

Classificação - ⭐⭐⭐⭐


Sinopse - "Aos 19 anos, Sarah, filha única de Ann Prentice, viaja para uma estação de esqui na Suíça. Com a partida, Ann passa a sentir um estranho vazio - ela não se sentia assim desde a morte do marido. Na mesma noite, essa mãe dedicada conhece um homem com uma história de vida trágica, e os dois se apaixonam. Acostumada com a atenção integral da mãe, ao voltar de férias, Sarah terá uma surpresa..."


Mais uma vez a Agatha mostra seu outro lado na escrita. Saindo das ficções policiais, agora ela usa seu pseudônimo para mergulhar na alma humana com esse romance dramático e psicológico inspirado na relação que tinha com sua filha.


Filha é Filha detalha todos os aspectos de sentimentos e experiências das personagens. Parece uma trama simples sobre a relação entre mãe e filha, mas ao longo da narrativa e após seu término se mostra intrigante e deixa o leitor bem reflexivo. Você não pensa no que vai acontecer a seguir, não desvenda nenhum mistério, apenas lê e não consegue se desvencilhar.


Ann e Sarah, mãe e filha respectivamente, são personagens difíceis de agradar, confesso que fiz a leitura com o nariz torcido para as duas, procurando tentar entender o que havia por trás dos comportamentos de cada uma. O romance é sutil e, ao mesmo tempo, nervoso. A natureza dialógica do texto permite que o leitor esteja constantemente incluído na situação, não permite aceitar apenas um lado do conflito, porque cada um tem a sua verdade e motivação para as suas ações. Você acaba sentindo empatia por todos no romance, tenta entender e se colocar no lugar de mãe e filha pensando: “O que eu faria?”.


Todos nós temos ou já tivemos situações difíceis com nossos pais. Este é um tópico eterno em que não há resposta certa nem conselho certo.


As personagens que mais gostei foram Lady Laura e Edith, pois as duas, cada uma do seu jeito, eram as mais sinceras e íntegras em suas opiniões, queriam mãe e filha bem e de certo modo se esforçavam para isso.


A essência principal do livro para mim é a força para deixar ir e perdoar e, finalmente, abrir os olhos para o fato de que você tem a si mesmo e é responsável por si mesmo.


Até fugindo de seu lado detetivesco, Agatha Christie se mantém incrível em seus escritos.


🤍🌹


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