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Foto do escritorKelly Rossi

Noites Brancas - resenha



Título Original - Biélye nótchi

Autor - Fiódor Dostoiévski

Nacionalidade - Russo

Tradução - Nivaldo dos Santos

Editora - 34

Gênero - Novela

Páginas - 96

Ano - 2005

ISBN - 9788573263350

Classificação - ⭐⭐⭐⭐


Sinopse - "Durante uma das singulares 'noites brancas' do verão de São Petersburgo, em que o sol praticamente não se põe, dois jovens se encontram numa ponte sobre o rio Nievá e dão início a uma história repleta de fantasia e lirismo.

Publicado em 1848, na contracorrente de sua época, que privilegiava o Realismo, este livro é, na obra de Dostoiévski, aquele que mais se aproxima da escola romântica. Não apenas pelo tipo do Sonhador, figura central da novela, mas também pela atmosfera delicada e fantasmagórica, que envolve a trama, o cenário e os protagonistas. Aqui, a própria cidade de São Petersburgo - com seus palácios e pontes, seus espaços monumentais - revela-se como personagem.

Não por acaso, 'Noites Brancas' atraiu a atenção de diretores de cinema como Luchino Visconti e Robert Bresson, que procuraram traduzir para a tela todo o encanto desta que se tornou uma das obras mais famosas de Dostoiévski - agora pela primeira vez no Brasil em tradução direta do russo."



"Como a alegria e a felicidade tornam bela uma pessoa! Como ferve de amor o coração! Parece que queremos derramar o coração inteiro num outro coração; queremos que tudo esteja contente, que tudo sorria. E como é contagiosa a alegria! "

"Noites Brancas" expõe um Dostoiévski sonhador que, apesar de sua natureza precoce, capta o fio da psicologia humana de uma forma que o tornará um dos mais profundos conhecedores da alma humana.


Aqui temos duas figuras principais que formam nosso casal protagonista, dois personagens extremamente emocionados, com os sentimentos à flor da pele, que tem quatro noites juntos, como o título já diz: noites brancas. Um título que explica literamente as noites de verão em São Petersburgo onde o sol não se põe por inteiro e acaba deixando as noites esbranquicidas. Um fenômeno que causa um paradoxo perfeito para grandes criadores como nosso autor.


"E se eu a amasse já há vinte anos, ainda assim não amaria mais do que agora!"

O Sonhador e Nástienka, cada um com sua história, mas com as mesmas emoções, exatamente as mesmas. Dois apaixonados, dois sonhadores... "Um sonhador, se é necessária uma definição detalhada, não é um homem, mas sim, sabe, uma criatura de gênero neutro. Na maioria das vezes ele habita um recanto inacessível, como se quisesse esconder-se até da luz do dia, e uma vez que se recolhe a sua casa, gruda-se em seu canto como um caracol;"


Se você se sente um sonhador, para quem as resistências do mundo cotidiano e neutro são apenas uma ocasião de fuga para a terra do imaginário, se você quer despojar-se de uma juventude ingênua, que ainda acredita no bem, na realização, no amor e na beleza além da substância, leia a história.


Mesmo preferindo a escrita de Dostoiévski em sua segunda fase, é inegável que ninguém escreve diálogos como ele, ninguém evoca emoções como ele, e poucas figuras literárias atingem tais níveis de franqueza e despojamento sem proteção. Os maiores autores se mostram até nas menores obras.



Beijos, um ótimo voo a todos e até a próxima!📚


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