Autor - Ken Follett
Tradução - Paulo Azevedo
Editora - Rocco
Gênero - Romance histórico
Páginas - 944
ISBN - 9788532527691
Classificação - ⭐⭐⭐⭐⭐
Sinopse - "Inglaterra, meados do século XII. Em uma terra abalada por sangrentas batalhas pela sucessão ao trono de Henrique I, um homem luta contra tudo e todos para levar a cabo a minuciosa construção de uma catedral gótica, digna de tocar os céus. Ao redor da igreja e de seus personagens, forma-se um mosaico de um conturbado, varrido por conspirações, intrincados jogos de poder, violência e o surgimento de uma nova ordem social e cultural."
"O passado era como uma história, na qual uma coisa levava a outra, e que o mundo não era um mistério infinito, mas sim uma coisa finita que podia ser compreendida."
"Os Pilares da Terra" é um novelão delicioso de ler, onde o Follett vai intercalando os acontecimentos em narrativas paralelas como se fossem episódios, deixando a sensação de que estamos vivendo em meados do século XII.
A história se passa em uma época em que a Igreja Católica tinha muito poder e a magia, representada aqui por uma bruxa, dava seus últimos suspiros em liberdade.
Follett mergulhou em uma profunda pesquisa para escrever esse livro, então temos muitos fatos históricos relevantes sobre troca de reis, detalhes das construções e arquitetura de catedrais góticas, conflito entre o religioso e o secular, além de expor detalhes significativos do cotidiano de uma época tão distante da nossa atual.
O foco da história é a construção da Catedral da cidade de Kingsbridge. Tanto a cidade quanto a Catedral são fictícias, mas o autor se baseou na Catedral de Salisbury. (Ficou curioso? Dê um google aí para ver a beleza e grandiosidade dessa Catedral).
Mas voltando para o livro, que Catedral difícil de construir, nossinhora! São anos e anos de tentativas. Incêndios... desmoronamentos... falta de verba... olha, são tantos imprevistos que parece que o negócio nem vai rolar, mas tenha fé, afinal, estamos falando de uma catedral, né rsrs...
Essa construção gigantesca mobiliza muitas pessoas e aí nascem nossos personagens, alguns amados e outros odiados. O Follett tem o dom para construir vilões horrendos e perturbadores. Eu sempre sinto que os protagonistas, até mesmo os personagens secundários, são dotados de características e personalidades tão verdadeiras que parecem extremamente reais. O estilo de narrativa nos proporciona entrar na cabeça de cada personagem e saber exatamente quais são seus sentimentos, medos, frustrações e expectativas.
A identidade feminina que o autor apresenta nessa obra é fascinante. Elen e Aliena são de longe minhas personagens favoritas. Torci muito por elas, até mais do que pelos romances, haha... Sempre queria que elas ficassem bem, independente dos acontecimentos. É muito bom encontrar figuras femininas fortes e poderosas assim, principalmente naquela época que o machismo vazava por todos os cantos.
Outro personagem que eu gosto bastante é o Prior Philip, ele me proporcionou conhecer muitas coisas que envolvem a igreja. Algumas críticas fortes também são expostas através dele, mas acima de tudo, apesar de ser um homem religioso, eu enxerguei nele, muitos traços que me fazem acreditar na natureza humana.
A escrita do Follett é transparente, mas não se enganem, é uma leitura lenta (pelo menos foi para mim), mas não é cansativa, pois ele intercala drama, ação e descrições. Existem algumas cenas violentas, inclusive de estupro, que são bem gráficas. Aquelas de revirar o estômago, mas condizentes com a época em que a história se passa.
Se você tem vontade de fazer um passeio pela Idade Média, tenha certeza que com esse livro, você estará muito bem ambientado. Recomendo muitíssimo!
Lembrando que esse é o primeiro livro da trilogia Kingsbridge, mas pode ser lido como se fosse uma obra única.
Já conhecia? Tem vontade de ler esse livro ou outro do autor? Espero vocês nos comentários!
Beijos um ótimo voo a todos e até a próxima!📚💕
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Ainda estou lendo, gostando muito, adorei saber sobre a Catedral de Salisbury.
A parte que mais tem me chamado atenção nesse livro, por ser engenheiro, são as construções, a riqueza de detalhes que ele conseguiu colocar nesse livro é impressionante, consigo imaginar cada etapa de construção do Tom. A concepção das plantas, fundação, prumo nas paredes e até mesmo como o construtor fez para poder explicar a todos como seria feito a obra, tudo isso me fascina nessa obra, fora a trama que o escritor nos proporciona.
Gostei muito do que você disse sobre o Philip, consigo pensar nisso parecido como você.
Por fim, adorei sua resenha e suas fotos, esse cavaleiro não podia estar melhor representado que junto com…